A COBRANÇA DE TAXAS PELO MÉDICO ASSISTENTE

No mundo da medicina, a relação entre médico e paciente vai além do cuidado com a saúde; ela também envolve questões financeiras que, muitas vezes, geram dúvidas e controvérsias. Você sabia que a cobrança de certas taxas pode ser questionada tanto no âmbito legal quanto ético? 

Hoje, vamos falar sobre três tipos de cobranças que têm sido foco de discussões: a taxa de disponibilidade obstétrica, a taxa de agendamento de consulta e a taxa de cancelamento de cirurgia.

Taxa de Disponibilidade Obstétrica: Um Tema Sensível

A taxa de disponibilidade obstétrica é uma prática em que o obstetra cobra pelo acompanhamento presencial durante o trabalho de parto. Parece simples, mas essa prática tem gerado inúmeras dúvidas. A questão é: essa cobrança é realmente legal?

Muitos médicos acreditam que sim, especialmente porque o CFM (Conselho Federal de Medicina) considera a prática ética, desde que o valor seja acordado previamente com a paciente. No entanto, o que muitas vezes passa despercebido é que o Poder Judiciário pode ter uma visão diferente.

Taxa de Agendamento de Consulta: Quando a Antecipação Gera Conflitos

E a cobrança antecipada de consultas? Pode parecer uma boa forma de garantir a presença do paciente, mas essa prática também levanta uma série de questionamentos. Já pensou na situação em que um paciente paga antecipadamente e, por algum motivo, não comparece? A retenção de parte do valor pago pode ser vista como algo justo, mas será que é legal?

Os pareceres divergem. Algumas normas de conselhos regionais de medicina aceitam a prática, enquanto outras a consideram antiética. A complexidade aumenta ainda mais quando analisamos a questão do ponto de vista do consumidor, que pode se sentir lesado.

Taxa de Cancelamento de Cirurgia: A Multa Que Pode Sair Cara

Por fim, há a taxa de cancelamento de cirurgia. Imagine o cenário: uma cirurgia é agendada, todos os preparativos são feitos e, de repente, o paciente decide cancelar. Neste caso, a cobrança de uma multa parece razoável, certo? Mas será que é permitida?

O Código de Ética Médica do CFM proíbe essa prática. No entanto, a legalidade pode variar diante de alguns fatores. Mas como garantir que esse acordo esteja dentro da lei e, ao mesmo tempo, proteja os direitos do médico e do paciente?

Todas essas situações destacam uma verdade essencial: a necessidade de assistência jurídica especializada. Não basta apenas conhecer as regras; é fundamental ter ao seu lado um advogado especializado em direito médico que possa guiar suas decisões, garantindo que todas as suas práticas sejam legais e éticas, afinal prevenir é melhor do que remediar.

Consulte um advogado especializado e proteja sua carreira e sua prática médica. Lembre-se: quando o assunto é a saúde financeira do seu consultório, prevenir é sempre melhor do que remediar.

Por: Andressa Ruschel

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